sexta-feira, 27 de março de 2015

Au Pairs: onde vivem? o que comem? quais são suas funções?

Eu sinto que já devia ter feito esse post há muito tempo atrás... mas vamos lá!

- O que é um Au Pair? (Vou dar minha definição)

PARA TUDO! Informação importante antes de qualquer coisa: existem Au Pairs no mundo todo, mas esses detalhes que vou dar aqui são sobre o programa nos EUA!

Voltando ao assunto, um au pair é um jovem de 18 a 26 anos (mais comum que seja UMA jovem, na verdade) que vem aqui pros EUA morar com uma host family e cuidar das crianças dessa family. Além de, é claro, estudar!

- O Au Pair ganha um salário?

Sim, minha gente! Nem só de teto e comida viverás o homem.
Ganhamos US$ 195,75 semanais e temos direito a US$ 500,00 por ano pra gastar com cursos -- o que é uma merrequinha. Não é à toa que nos denominamos "Au Poors".

- O que o Au Pair come?

Come tudo da geladeira da host family! Hahahahaha!
A host family tem que nos dar as três refeições diárias. Mas pera aí! Isso não significa que eles têm que fazer a comida, servir etc. Tem que ter comida pra você comer. Aí vc se vira pra fazer e tal.
Eu já ouvi dizer que tem host family que limita o que a Au Pair pode comer. Eu acho isso horrível e grazadeus meus hosts não fazem isso comigo. Muito pelo contrário! Eles me chamam pra comer com eles sempre.

Momento "geladeira só minha" quando a HF sai

- Funções do Au Pair e carga horária

O Au Pair tem que cuidar das crianças e ser responsável por tudo das mesmas: roupas, comida, limpar a sujeira delas, lavar a louça, levar e buscar nos lugares etc. Obviamente, apenas quando você está on duty (no seu horário de trabalho). Alguns Au Pairs fazem tarefas de casa, o que não é especificado no programa, mas é de bom senso, né, galera! Você mora na casa das pessoas, come lá, dorme e zaz... A sujeira é tua, também!
Um Au Pair não pode trabalhar mais de 10h diárias, nem 45h semanais. Acontece MUITO de gente que trabalha mais, porque a família é sacana. Tem que saber se impor e não deixar! Afinal, regras são regras para ambas as partes; existem Au Pairs que trabalham bem pouco, também -- isso é mais difícil, of course.

Até já! Vou lá escrever mais um post procês.




quarta-feira, 18 de março de 2015

Let the games begin!

Acabou treinamento, acabou moleza, acabou American Dream. É hora de trabalhar!

Na quinta-feira, 05 de março, foi o dia de ir pra casa da Host Family. Eu fiquei nervoso o dia todo! Oh my gosh! O que me esperava? Será que eu ia saber como não morrer de vergonha? Eu deveria abraçá-los? Dar um aperto de mão? Um oi de longe? Hahahahaha! Pode parecer que não, mas essas coisas ficam martelando na nossa cabeça. 
Deu 6:30 p.m. e desci para o lobby do hotel -- onde eu tinha combinado com o host. Como eles disseram que iriam chegar umas 6:45 e que podiam se atrasar um pouco por causa do trânsito, eu achei que ia ficar uma meia hora lá esperando, batendo um papo com as meninas. Maaaaaassssssss... Isso mesmo! Eles já estavam lá! Um dos hosts e os kids. Quando eu olhei pra eles, um dos kids me deu um tchauzinho e eu já fiquei muito mais tranquilo! Ufa! Pelo menos as crianças estavam animadas. O host me deu um abraço e eu abracei os meninos e foi tudo muito mais tranquilo do que eu imaginava. Saí do hotel com as meninas me desejando sorte e um bom ano. Umas queridas!
Fomos até o carro e partimos aqui pra Connecticut. Deu umas 2h de viagem, contando que tava um pouco de trânsito e a parada na pizzaria. Até que é bem pertinho de NYC! 
Quando eu cheguei aqui, conheci o outro host, comi uma pizzinha e subi pro meu quarto. Esses primeiros momento são MUITO estranhos. Você tá na casa de estranhos, mas que vai ser a sua casa por, pelo menos, um ano!
Eu gostei muito do meu quarto. Achei bem espaçoso e aconchegante. E ainda descobri que o negócio que eu achava ser um despertador, era o controle do aquecedor do colchão. Pobre é assim mesmo! Hahahahah.


Território brasileiro da casa
                         
PS: O host me disse pra deixar a porta do closet (essa porta branca da segunda foto) fechada, pro meu quarto não ficar gelado. O que a besta aqui fez? Deixou aberta! Claro que eu só não morri de frio porque a cama tava quente, mas, mesmo assim, foi horrível! Tava -17 graus celsius e eu ainda não tava neeeeem um pouco acostumado. Ainda bem que o host comprou um aquecedor portátil pro meu quarto no outro dia (que eu uso todo santo dia, até hoje, mesmo não estando mais tão frio. Hehehehe.)

Na sexta-feira, um dos hosts ficou em casa (porque nos primeiros 3 dias você não pode ficar sozinho com as crianças ainda) e me mostrou tudo, onde ficavam as coisas e tal. Depois fomos comprar o aquecedor, fazer compras pra casa e ele me mostrou, também, o caminho pra escola dos meninos.

Em geral, os primeiros três dias foram mais pra gente se conhecer e eu ficar mais perto dos meninos. Até hoje (1 mês e meio depois) ainda não me sinto totalmente confortável com os hosts, mas já melhorou bastante!

Umas fotos daqui onde moro e até o próximo post! :)

                     
Fairfield, CT

Vista da janela aqui de casa


Quase embaixo da neve 


domingo, 15 de março de 2015

Treinamento

Pois é! Depois de chegar em NYC e aproveitar a segunda-feira off, chega a hora de começar o treinamento de 3 dias (durante o dia toooooooodo -- um porre, eu sei!).
Não tem muito o que falar do treinamento. Nesses três dias, eles abordam assuntos gerais que envolvem: comportamento e desenvolvimento de crianças (detalhando o que acontece em cada época da infância), cultura americana, dirigindo nos EUA, CPR (procedimentos de salvamento), adaptação ao país, família etc., regras (direitos e deveres do Au Pair e da HF) e deve ter mais coisa que eu não me lembro.
Olha, é bacana o treinamento, mas bem cansativo também. Fora que Manhattan tá lá fora te esperando e você tem que ficar dentro de uma sala durante 8h quando podia estar zanzando pela cidade. Aproveite seus preciosos momentos de descanso para: curtir NYC. Nada de descansar, de fato.
Pra quem vai de InterExchange, funciona exatamente assim a primeira semana: você chega lá na segunda e, à tarde, vai caçar a Kate. Ela vai te dar o seu kit para o treinamento (com os materiais todos, uma bolsa, camiseta, crachá e pulseira da InterExchange), seus vouchers das refeições (terça, quarta, quinta: todas as refeições; sexta: café da manhã) e vai te falar quem tá no seu quarto, caso seu roommate não esteja lá ainda.
Algumas diquinhas básicas:
- Preste atenção nas aulas e tire suas dúvidas. A gente aprende muita coisa útil!;
- Seja pontual. Sempre! -- Não ser pontual é um costume horrível de brasileiros. Eu percebi isso depois de conviver com gente de vários países. Isso é muito chato, de verdade. E se você se atrasar pras aulas, vai sempre ter uma penalidadezinha;
- Compre o tour ($30) e o ingresso para o Empire State Building Observatory ($14 -- $35 valor normal). Ambos valem a pena! No tour, a guia deu uma volta por Manhattan falando de alguns pontos, depois pegamos o metrô até o Central Park e, para finalizar, comemos uma pizza que não é lá essas coisas, mas dá pra comer. Ah! Ela dá um chaveirinho feinho, também! Hahahaha!;
- Faça amizade com todo mundo. É demais trocar experiências com pessoas de outros países. Além de que, geralmente, é todo mundo bem bacana. Vale muito a pena!;
- Por último: APROVEITE MUITO! MAS MUITO! É uma semana I-NES-QUE-CÍ-VEL. Do momento que seu avião começa a subir até a hora que sua HF te pega no hotel (ou que você vai pra casa deles de trem, ônibus, avião etc.) você sente muitas emoções em um período muito curto. Tudo é muito bom, tudo é novo, então curta bastante! Claro que você vai ter um ano ótimo, também! :)

Ah, não gastem seu dinheirinho em NYC, não! Lá as coisas costumam ser bem caras e tem muito estrangeiro comerciante que te explora. Espere chegar na sua cidade que você vai achar várias sales :P

Acho que é isso sobre o treinamento. Once again, se tiverem perguntas ou quiserem me dar sugestões de posts, me mandem e-email (aupairmatheus@outlook.com).

Vou colocar umas fotinhos aqui procês:

Fell in love with it! Muito bom!

Central Park - Não sei como esses patinhos não morreram de frio!

As meninas dando banho nos babies hehehehe

VINTE DÓLARES num adaptador de tomada :(
E essa era uma das opções de almoço -- Chicken Fingers

Inglaterra, Brasil e Bélgica. Minhas companheiras de refeição. Saudades! :)

Empire State Building - 86th floor observatory deck
New Yorker Hotel



quinta-feira, 12 de março de 2015

Chegada nos EUA

First of all, comprei meu laptop! o/ Agora vou conseguir postar com mais frequência.

Well, eu cheguei aqui nos EUA no dia 02 de março, de manhãzinha, depois de DEZ HORAS de voô. Eu dormia, via filme, comia... mas não chegava! Enfim cheguei e fui pra fila da imigração. Primeiro choque cultural, pra mim. Independente de nível de Inglês, quando você chega aqui dá uma sensação estranha. Todo mundo falando só naquele idioma que não é sua língua materna e falando muito rápido, sem fazerem esforços para serem entedidos. O agente de imigração me perguntou o que eu tava fazendo aqui, com quem eu ia morar, onde eu ia morar, como eu ia vir para Connecticut de NYC e se eu tava trazendo comida. 

A comida me rendeu uma história. No avião, a gente recebe um papelzinho azul da imigração com algumas perguntas de sim ou não, e lá eles perguntam se você tá trazendo comida. Eu coloquei que tava, porque tinha uns doces na minha mala. Mas aí eu vi que as outras perguntas para as quais eu coloquei "não" eram umas coisas meio sérias, então eu pensei que responder "sim" em alguma delas podia me trazer algum problema. Quando cheguei na fila da imigração eu vi que tinha mais papelzinho daquele por lá e resolvi preencher outro falando que eu não tinha comida. Não adiantou! Hahahahaha. E eu não sei o porquê até hoje! Bom, depois de pegar a mala -- que eu achei que tinha ficado no Brasil, fui passar com uns seguranças e tinha alguma coisa anotada no meu papelzinho azul (que o agente de imigração escreveu). Adivinhem só: era pra que minha mala fosse aberta. Yay! sqn. A moça me perguntou: você tá trazendo comida? Aí eu respondi: to trazendo uns doces. Ela me disse, então, meio brava, que eu deveria ter marcado "sim" para comida no papelzinho e pediu pra eu colocar minha mala no raio x. Eles abriram a mala, deram uma olhadinha e viram que eu tinha apenas algumas paçocas inofensivas à segurança dos americanos.

Era chegada a hora de chamar o famoso SuperShuttle!
Eu acho que só quem é da InterExchange que usa o SuperShuttle. Pelo que conversei com Au Pairs de outras empresas, a própria agência manda uma van buscar o/a Au Pair no aeroporto. E o melhor: de graça! (a gente paga 20 e poucos dólares). 
Minha relação com o SuperShuttle foi um pouco conturbada... Quando fui fazer a ligação pra solicitar um, eu não sabia em qual terminal do aeroporto eu estava. A moça que falava comigo no tel me pediu pra falar com uma senhora do casaco vermelho que deveria estar no balcão. Foi o que eu fiz. Fui perguntar à essa moça do casaco qual era o número do terminal (acho que era 8). Aí ela quis chamar o Shuttle pra mim, mas não encontrava o nome do meu hotel no computador dela e eu acabei tendo que ligar de novo.
A van chegou e o motorista foi lá no saguão do aeroporto me encontrar. Eu não entendia o inglês dele! Parecia outra língua. Quando fomos colocar a minha mala gigantesca no carro, ele pediu que eu o ajudasse, mas eu entendi que era pra eu entrar na van e fui indo. Pensa num homi puto! Ele me chamou de volta e, depois, ele falou: "você queria que eu colocasse essa mala pesada sozinho, é?". Acho que daí em diante ele ficou com raiva e não foi muito com a minha cara. Na hora de pagar, deu 25 dólares e eu só tinha 3 notas de 10. Adivinha?! Ele não tinha troco! Fazer o que, né...

Durante o caminho, eu olhava aquele monte de neve, aqueles carros diferentes e não acreditava. Eu tava nos EUA! Em NYC!!! 
De dentro do SuperShuttle a caminho do New Yorker Hotel

Eu cheguei no hotel, fiz check-in e aquilo tudo parecia ser um sonho ainda. O Hotel no coração de NYC, a 5 min. da Broadway, Times Square, 5th avenue, Empire State Building etc. A experiência com as outras Au Pairs (não tinha nenhum outro menino), essa troca de cultura... São muitas coisas boas juntas. Quatro dias que eu nunca mais vou me esquecer! Me dá saudade até da decolagem do avião no Brasil, hahahaha. Primera vez viajando de avião e ainda vindo pra cá! 

Quarto do hotel

Vista da minha janela no Hotel

No dia que eu cheguei tava nevando bastante, daí eu nem pude fazer muita coisa. Mas um McDonalds deu pra comer heheheh. Eu nem pedi super size das coisas, mas mesmo assim me deram uns tamanhos gigantes de batata e refrigerante:

Esse copo de refri devia ter uns 750 ml

Basicamete, é isso sobre a minha chegada nos EUA. No próximo post eu vou falar um pouco sobre o treinamento.

Até mais!


quinta-feira, 5 de março de 2015

Pack up...

… your troubles in your old kit bag and bury them beneath the sea!

I love this song!


Bora falar das malinhas e do que trazer!

Como vocês devem saber, podemos levar duas malas de 32 kg cada. Trinta e dois quilos. Bastante. Coisa. Eu trouxe quase tudo o que eu queria trazer em uma só mala com exatos 32 kg. Além dessas malas, você pode trazer uma mala de mão (carry on), também -- que eu não sei o limite de peso, mas vi gente com malas bem grandinhas, viu!
Então, sabendo que podemos trazer duas malas de 32 kg + carry on: o que trazer?

First and most important of all: pra onde você vai e em qual época do ano? Analise o clima do lugar em geral e depois fale com os seus hosts pra saber como tá o tempo, de fato. Eu vim pra Connecticut em Fevereiro = muito frio, muita neve, muita neve, muita neve. Eu trouxe todas as minhas roupas de frio que eu já tinha e comprei algumas coisas também (que eu vou falar mais em outro post).

Mas vamos lá! O que eu acho que você deve trazer, baseando-se, claro, na minha experiência:
- Se você tem roupas e sapatos bons aí no Brasil, por que não trazer? Comprar roupa aqui não é essa festa da uva que todo mundo fala (pelo menos não todos os dias do ano e em todos os lugares). Por exemplo, New York City -- onde acontece a maioria dos treinamentos -- é um lugar mega caro pra comprar roupas e sapatos. Além disso, eu não acho que você vai querer gastar todo o seu salário renovando o guarda-roupa de uma vez só. Eu tô aqui há um mês e comprei só algumas peças (porque tavam bem baratinhas -- vou falar disso em outro post, também).

- Remédios controlados (necessário receita pra comprar -- anticoncepcional, antibiótico etc). Já outros remédios eu acho bem desnecessário trazer. Aqui tem de tuuuuuudo nas prateleiras. Até remédio pra dormir, por 1 dólar! Claro, tragam uns remedinhos na bolsa pra aquela dorzinha de cabeça que pode dar no treinamento e tal.

- Documentos brasileiros. Além do seu passaporte, PID (Permissão Internacional para Dirigir), Comprovante da taxa SEVIS e DS-2019, leve um documento de identidade brasileiro (CNH, de preferência -- até porque pra a PID sozinha não é válida) e um comprovante de residência do Brasil. Isso mesmo! Eu também acho isso super estranho, mas me pediram isso quando fui abrir minha conta bancária. Claro que não é algo que vai te trazer grandes problemas se você não trouxer, mas agiliza certas coisas.

- Traga o seu celularzinho brasileiro, pelo menos pra usar nos primeiros dias (já que a maioria das famílias dá um celular para a/o Au Pair usar durante o seu ano de intercâmbio). Além disso, celular sem contrato aqui também não é festa da uva. Um iPhone 6 ou Samsung Galaxy S5, desbloqueados, custam em torno de U$ 700,00. Eu acho muito dinheiro!

- Se tiver um computador bom e novo, acho uma boa trazer. Computador também não é lá mega barato. Um bom da Dell custa uns 700 - 900 dólares. Um MacBook começa em 1.000 dólares.

Sobre as duas últimas dicas: eu sei que, ainda assim, eletrônicos são mais baratos que no Brasil. Mas com o nosso salário de Au Pair a gente precisa fazer escolhas: comprar celular, computador, tablet e zaz tudo novo; renovar o guarda roupa; ou viajar. Ou fazer um pouquinho de cada. Cada um sabe melhor o que fazer com seu dindin. Eu dou minhas dicas de acordo com o meu objetivo principal, que é viajar. Essas outras coisas eu vou deixar pra comprar quando estiver voltando pro Brasil.

Dicas finais:

1 - Antes de ir pro aeroporto, pese sua mala pra não correr o risco de ter que pagar peso extra. Ah! Outra coisa, existe uma tolerância para o peso da mala na hora do check-in (que eu não sei exatamente quanto é). Minha mala tava com 32,4 kg e passou de boa.

2 - Prefira trazer uma mala grande a duas menores. Andar com duas malas em aeroporto, táxi/transfer etc. é um porre. Além de que se vc ficar em hotel para o treinamento, só uma mala pode subir pro quarto. A outra tem que ficar guardada com eles e você paga por isso (baratinho, mas paga).

Acho que é isso! Ainda tenho muitos posts atrasados que eu vou tentar colocar em dia ao longo da semana que vem.
Se tiverem alguma pergunta, deixem nos comentários aqui embaixo! :D

Té logo!

*Post editado em 06/03/2015.